Românico foi o primeiro estilo artístico a
abranger toda a Europa medieval. Foi um estilo marcado por construções grandes,
fortes, de paredes grossas, aparência "dura", e que devem ser
resistentes a ataques e ao mesmo tempo revelar a força da Igreja e da fé. Ela
veio sendo redescoberta porque muitas construções foram destruídas devido às
invasões ou apenas a sua base foi de origem românica. As igrejas eram chamadas
de Fortalezas de Deus, porque além de serem grandes e sólidas, eram lugares
onde as pessoas poderiam achar conforto em meio às guerras e invasões. A
arquitetura desse período foi basicamente em pedra para ressaltar a
monumentalidade e fortaleza. As paredes, cegas, servem de estrutura para todo o
teto, o que impede, por exemplo, a abertura de janelas, por isso as catedrais
românicas são tão escuras e cavernosas. Sobriedade, resistência e repetição dos
elementos construtivos.
Gótico deriva-se de Godos, povo germânico
considerado bárbaro que diluiu-se aproximadamente no ano 700 d.C. Originários das regiões meridionais da
Escandinávia, os Godos eram um povo germânico que se distinguia pela fidelidade
ao seu rei e comandantes, também por usar espadas pequenas e escudos redondos. Apesar dos godos terem sido extintos no começo
do século VIII, seus feitos e conquistas deixaram marcas permanentes nos povos
italianos. Principalmente a Queda do Império, com tantas construções
greco-romanas destruídas, trouxe um trauma que foi passado de geração em geração.
Desse modo, na época do Renascimento, no
século XVI, o termo godo era sinônimo de "inculto destruidor da arte
clássica". E esse conceito pejorativo, passa a ser usado para classificar
a arte cristã produzida entre o século XII e XVI, período em que a Igreja
absorvia a estética pré-cristã da região onde se instalava, chegando até mesmo
a absorver certas características pagãs.
Assim, analogicamente, esse estilo
arquitetônico predominante nesses séculos, cheio de ogivas, vitrais e gárgulas,
passaram a ser considerado pelos italianos, o "povo bárbaro" que
"invade" o "povo clássico-cristão", tornando impura a
arquitetura cristã da época. O termo "gótico" acabou formando uma
coesão do obscurantismo medieval, fincando deste modo, raízes permanentes na
Europa. A construção religiosa gótica abre portas a um espaço público de
ensinamento da história bíblica, de grandiosidade, símbolo da glória de Deus e
da igreja, símbolo do poder econômico da burguesia e do estado. Traz especial
ênfase em sua arquitetura na leveza estrutural e na iluminação das naves do
interior dos edifícios. Caracterizou-se predominantemente por ser um estilo
grandioso de construções religiosas. Verticalismo dos edifícios substitui o
horizontalismo do Românico; As paredes são mais leves e finas e as janelas
predominantes permitem maior iluminação em seu interior. Torres ornadas por
rosáceas. Houve o período do Gótico Primitivo (frio, sem emoção), do Radiante
(sorriso, emoções equilibradas) e do Flamejante (gargalhada, desespero, dor).
Para ornamento das catedrais, havia os artesãos especialistas em vitrais
coloridos. Os construtores detinham um desenvolvido conhecimento de princípios
estruturais que são atestados pela permanência intacta da maioria das catedrais
góticas, sua beleza e grandiosidade. Sua arquitetura revolucionária permitiu
que os construtores erguessem paredes quase totalmente de vidro e que suportam
tetos de pedras de muitas toneladas. Como, sem o auxílio de ferramentas e
tecnologias modernas, os construtores medievais góticos ergueram as catedrais?
Especialistas acreditam que eles se utilizavam de um código matemático secreto,
extraído das páginas da Bíblia, que era utilizado como projeto para a
construção das grandes catedrais góticas. (Link documentário netgeo:
https://www.youtube.com/watch?v=GE2RduIJpvE)
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