Início: Queda do império romano ocidental
Fim: Queda de Constantinopla
A idade média foi realmente inventada pela
renascença. Nos séculos XIV e XV, as pessoas sentiam que saíam de um longo
período de escuridão para um mundo que poderia ser comparado, no mínimo, ao
mundo antigo ou pelo menos tentavam. Como os séculos sombrios que deixaram para
trás não mereciam ser dignificados com um nome especial, foram chamados de era
intermediária. Agora sabemos que essa época lúgubre foi também inovadora e que
nos mil anos após a queda do império romano ocidental a Europa tomou a forma e
características que conhecemos hoje. A idade média começou nos séculos IV e V
com o encontro de dois povos e duas sociedades: Germânicos e Romanos. Nesta
época, quando os germânicos invadiram o império romano e dominaram a Gália,
Espanha, Inglaterra e Itália, Roma era apenas um pobre cenário. E as duas
sociedades não eram tão diferentes assim. Lembre-se que desde os séculos III e
IV, um colapso demográfico e econômico estava desgastando a rede de estradas e
cidades que as legiões estabeleceram diminuindo o conforto e a cultura da
minoria urbana. E quando a civilização urbana do império ruiu, a estrutura
rural, pré-romana e pré-colonial reapareceu. Clãs urbanos agruparam-se em torno
dos proprietários de terra, de líderes das vilas ou chefes tribais que ofereciam
a base das relações sociais. Senhores locais vivendo em grandes vilas ou em
suas propriedades rurais tornaram-se o verdadeiro poder no campo. Este voltou a
ser o que era antes da conquista romana: a base real da economia. E com o tempo
acabou se tornando toda a economia. Esta mudança foi radical para as cidades
que geralmente associamos com a civilização. Mas era menos perceptível no campo
que sempre viveu a seu ritmo não importando quem nele vivesse. As tribos
bárbaras levaram sua própria bagagem cultural, é claro. Eram mais belicosos,
menos disciplinados, mas inclinados à liberdade individual e mais abstratos em
sua arte do que os povos do império ocidental. Estes povos usavam dinheiro e
construíam com pedra, mas isso não impediu que líderes bárbaros se apossassem
se algumas de suas vilas e cidades. No fundo, as duas sociedades de bárbaros
invasores e nativos eram muito similares. Ambas eram rurais, possuíam escravos,
eram dominadas por fortes aristocracias de brutalidade quase igual.
RELIGIÃO
A Igreja católica foi o maior poder organizado
da Idade Média. Naquela época a disputa política entre a igreja e os
imperadores durou séculos, principalmente no caso do Sacro-Império
Romano-Germânico. A igreja sente que seus poderes estão comprometidos por causa
da constante intervenção dos senhores feudais. O papa Nicolau II faz uma
reforma que desafia o poder imperial. Novas reformas vão se sucedendo. A igreja
tenta restaurar a autoridade do papa sobre os reis e príncipes cristãos. O
momento de maior tensão no conflito entre igreja e império acontece quando o
papa Gregório VII excomunga o imperador Henrique IV, retirando-lhe o título que
havia recebido de suas próprias mãos. A solução dos conflitos entre a igreja e
o império acontece finalmente com a Concordata de Worms. Segundo esse acordo, o
papa e o imperador reconhece a independência de cada um. Uma vez resolvidos os
conflitos entre a igreja e o império, os papas se tornaram os chefes absolutos
dos cristãos católicos europeus e se voltaram para assuntos internacionais. A
Palestina, local de nascimento e morte de Cristo, estava na mão dos turcos
seljúcidas e o papado organizou uma campanha para libertar o santo sepulcro, o
túmulo de Cristo, que estava na mão dos "hereges". E assim começaram
as cruzadas. Apesar do fracasso das cruzadas, o papado viveu dias de glória.
Eles se tornaram juízes dos reis e interviam nos assuntos políticos e
religiosos.
FEUDALISMO
Modo de produção marcado principalmente pela
descentralização política, agricultura de subsistência, teocentrismo e
sociedade estamental. Em cada feudo havia o próprio senhor, senhor feudal que
eram um membro da nobreza que possuía um feudo. Subsistência é quando você
planta e colhe para o próprio consumo, sem uma visão lucrativa. Cultura teocêntrica
(cristianismo)
ARQUITETURA
Edifícios eram compostos por paredes espessas
e maciças refletindo toda a insegurança causada pelas guerras que tomavam a
Europa. As construções que mais representam esse período são as catedrais e os
castelos.
CURIOSIDADES
Na Idade Média, a maioria se casava no mês de
Junho, início do verão, porque como se tomava banho em Maio, o cheiro estava
ainda mais ou menos suportável. Entretanto, como já começavam a exalar alguns
odores, as noivas tinham o costume de carregar buquês de noiva junto ao corpo
para disfarçar. Os banhos eram tomados numa única tina enorme, cheia de água
quente. O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa.
Depois, sem trocar a água, vinham os outros homens da casa por ordem de idade,
depois as mulheres (também por ordem de idade), e por fim, as crianças. Os
bebês eram os últimos a tomar banho. Quando chegava a vez deles a água da Tina
estava tão suja que era possível perder o bebê lá dentro. "Não jogue fora
o bebê junto com a água do banho."
Aqueles que tinham dinheiro possuíam pratos de
estanho. Certos tipos de alimento oxidavam o material, o que fazia com que
muita gente morresse envenenada. Os copos de estanho eram usados para beber
cerveja ou uísque. Essa combinação às vezes deixava o indivíduo no chão. Alguém
que passasse pela rua poderia pensar que ele estava morto, portanto, recolhia o
corpo e preparava o enterro. O corpo era então colocado sobre a mesa da cozinha
por alguns dias e a família ficava em volta, em vigília, comendo, bebendo e
esperando para ver se o morto acordava ou não.
Daí surgiu a vigília do caixão. A Inglaterra é um país pequeno e nem
sempre houve espaço para enterrar todos os mortos. Então os caixões eram
abertos, encaminhados ao ossuário, e o caixão poderia ser utilizado por outros
mortos. Às vezes, ao abrir os caixões, percebiam que havia arranhões nas tampas
do lado de dentro, o que indicava que o morto na verdade havia sido enterrado
vivo. Assim surgiu a ideia de ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso
do defunto, tira esta que passava por um buraco no caixão e ficava amarrada num
sino. Após o enterro alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns
dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar e assim
ele seria SALVO PELO GONGO.
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