segunda-feira, 16 de junho de 2014

RESENHA - IDADE MÉDIA

Início: Queda do império romano ocidental
Fim: Queda de Constantinopla

     A idade média foi realmente inventada pela renascença. Nos séculos XIV e XV, as pessoas sentiam que saíam de um longo período de escuridão para um mundo que poderia ser comparado, no mínimo, ao mundo antigo ou pelo menos tentavam. Como os séculos sombrios que deixaram para trás não mereciam ser dignificados com um nome especial, foram chamados de era intermediária. Agora sabemos que essa época lúgubre foi também inovadora e que nos mil anos após a queda do império romano ocidental a Europa tomou a forma e características que conhecemos hoje. A idade média começou nos séculos IV e V com o encontro de dois povos e duas sociedades: Germânicos e Romanos. Nesta época, quando os germânicos invadiram o império romano e dominaram a Gália, Espanha, Inglaterra e Itália, Roma era apenas um pobre cenário. E as duas sociedades não eram tão diferentes assim. Lembre-se que desde os séculos III e IV, um colapso demográfico e econômico estava desgastando a rede de estradas e cidades que as legiões estabeleceram diminuindo o conforto e a cultura da minoria urbana. E quando a civilização urbana do império ruiu, a estrutura rural, pré-romana e pré-colonial reapareceu. Clãs urbanos agruparam-se em torno dos proprietários de terra, de líderes das vilas ou chefes tribais que ofereciam a base das relações sociais. Senhores locais vivendo em grandes vilas ou em suas propriedades rurais tornaram-se o verdadeiro poder no campo. Este voltou a ser o que era antes da conquista romana: a base real da economia. E com o tempo acabou se tornando toda a economia. Esta mudança foi radical para as cidades que geralmente associamos com a civilização. Mas era menos perceptível no campo que sempre viveu a seu ritmo não importando quem nele vivesse. As tribos bárbaras levaram sua própria bagagem cultural, é claro. Eram mais belicosos, menos disciplinados, mas inclinados à liberdade individual e mais abstratos em sua arte do que os povos do império ocidental. Estes povos usavam dinheiro e construíam com pedra, mas isso não impediu que líderes bárbaros se apossassem se algumas de suas vilas e cidades. No fundo, as duas sociedades de bárbaros invasores e nativos eram muito similares. Ambas eram rurais, possuíam escravos, eram dominadas por fortes aristocracias de brutalidade quase igual.

RELIGIÃO
A Igreja católica foi o maior poder organizado da Idade Média. Naquela época a disputa política entre a igreja e os imperadores durou séculos, principalmente no caso do Sacro-Império Romano-Germânico. A igreja sente que seus poderes estão comprometidos por causa da constante intervenção dos senhores feudais. O papa Nicolau II faz uma reforma que desafia o poder imperial. Novas reformas vão se sucedendo. A igreja tenta restaurar a autoridade do papa sobre os reis e príncipes cristãos. O momento de maior tensão no conflito entre igreja e império acontece quando o papa Gregório VII excomunga o imperador Henrique IV, retirando-lhe o título que havia recebido de suas próprias mãos. A solução dos conflitos entre a igreja e o império acontece finalmente com a Concordata de Worms. Segundo esse acordo, o papa e o imperador reconhece a independência de cada um. Uma vez resolvidos os conflitos entre a igreja e o império, os papas se tornaram os chefes absolutos dos cristãos católicos europeus e se voltaram para assuntos internacionais. A Palestina, local de nascimento e morte de Cristo, estava na mão dos turcos seljúcidas e o papado organizou uma campanha para libertar o santo sepulcro, o túmulo de Cristo, que estava na mão dos "hereges". E assim começaram as cruzadas. Apesar do fracasso das cruzadas, o papado viveu dias de glória. Eles se tornaram juízes dos reis e interviam nos assuntos políticos e religiosos.

FEUDALISMO
Modo de produção marcado principalmente pela descentralização política, agricultura de subsistência, teocentrismo e sociedade estamental. Em cada feudo havia o próprio senhor, senhor feudal que eram um membro da nobreza que possuía um feudo. Subsistência é quando você planta e colhe para o próprio consumo, sem uma visão lucrativa. Cultura teocêntrica (cristianismo)

ARQUITETURA
Edifícios eram compostos por paredes espessas e maciças refletindo toda a insegurança causada pelas guerras que tomavam a Europa. As construções que mais representam esse período são as catedrais e os castelos.

CURIOSIDADES
Na Idade Média, a maioria se casava no mês de Junho, início do verão, porque como se tomava banho em Maio, o cheiro estava ainda mais ou menos suportável. Entretanto, como já começavam a exalar alguns odores, as noivas tinham o costume de carregar buquês de noiva junto ao corpo para disfarçar. Os banhos eram tomados numa única tina enorme, cheia de água quente. O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa. Depois, sem trocar a água, vinham os outros homens da casa por ordem de idade, depois as mulheres (também por ordem de idade), e por fim, as crianças. Os bebês eram os últimos a tomar banho. Quando chegava a vez deles a água da Tina estava tão suja que era possível perder o bebê lá dentro. "Não jogue fora o bebê junto com a água do banho."

Aqueles que tinham dinheiro possuíam pratos de estanho. Certos tipos de alimento oxidavam o material, o que fazia com que muita gente morresse envenenada. Os copos de estanho eram usados para beber cerveja ou uísque. Essa combinação às vezes deixava o indivíduo no chão. Alguém que passasse pela rua poderia pensar que ele estava morto, portanto, recolhia o corpo e preparava o enterro. O corpo era então colocado sobre a mesa da cozinha por alguns dias e a família ficava em volta, em vigília, comendo, bebendo e esperando para ver se o morto acordava ou não.  Daí surgiu a vigília do caixão. A Inglaterra é um país pequeno e nem sempre houve espaço para enterrar todos os mortos. Então os caixões eram abertos, encaminhados ao ossuário, e o caixão poderia ser utilizado por outros mortos. Às vezes, ao abrir os caixões, percebiam que havia arranhões nas tampas do lado de dentro, o que indicava que o morto na verdade havia sido enterrado vivo. Assim surgiu a ideia de ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto, tira esta que passava por um buraco no caixão e ficava amarrada num sino. Após o enterro alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar e assim ele seria SALVO PELO GONGO.



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