Esse é o caso da artista Doris Salcedo, onde ela entrevista e recolhe objetos pessoais de vítimas da violência, o que serve de base para o seu trabalho. Como em sua obra, Shibboleth, ela retrata e representa fronteiras, a experiência de imigrantes, segregação e ódio racial. Podemos dizer com isso que a palavra-chave que a define como artista é "Denúncia", pois ela busca retratar em suas obras situações que ninguém vê, nem se importa.
Outro grande artista contemporâneo é Ricardo Basbaum, onde ele convida as pessoas, que antes não tinham essa relação tão íntima com a arte, para fazerem parte da própria arte. Ele quebra paradigmas, desfaz fronteiras e revela como o telespectador, antes tão distante, pode agora participar de uma experiência artística. Basbaum dinamiza suas criações e discute relacionamentos humanos, homem/objetos, palavras-chave que definem sua obra.
Lygia Clark, por sua vez, foi uma das pioneiras da arte participativa mundial. Grande referenciadora do trabalho de Basbaum, ela ultrapassa os limites da tela e aponta a intenção de deslocar o telespectador como participante da arte. Podemos observar isso em sua obra "Bichos", onde a arte, antes intocada, agora precisa e deve ser manipulada e modificada para acontecer. Sendo assim, podemos dizer que sua obra se resume à palavra-chave "Convite/Recreação".
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