terça-feira, 18 de março de 2014

TP1 REVELAÇÃO - CAMINHANDO NO LABIRINTO

   O labirinto é um símbolo da civilização com mais de 4.500 anos de história. Recentemente sua utilização tem sido aplicada como ferramenta de interiorização e meditação. Caminhar pelo labirinto nos leva para dentro, para nosso centro, onde encontramos o eu verdadeiro, as respostas e o alívio da tensão emocional. É preciso ter paciência, confiança, tenacidade e eventualmente resistência para trilhá-lo. A experiência de caminhar no labirinto proporciona
novas descobertas, trazendo revelações únicas, de grande intensidade e valor, o que equivale a olhar para dentro de si. Enfim, caminhar pelo labirinto, é caminhar ao encontro da própria essência.
     Com isso em mente, desenvolvemos um projeto onde alteraríamos o espaço visando criar um tipo de labirinto onde as pessoas pudessem vivenciar essa experiência de revelação do ser interior, trazendo à tona não somente sentimentos humanos ocultos, mas também revelando  certos tipos de relacionamentos humanos.

terça-feira, 11 de março de 2014

POVOS PRIMITIVOS - SÍNTESE

     O Paleolítico, também conhecido como Idade da Pedra Lascada, é a primeira fase da Idade da Pedra, que data de 2,5 milhões de anos a.C. Os homens deste período eram caçadores-coletores, nômades e se alimentavam de frutos. Esses ancestrais começaram a produzir os primeiros artefatos em pedra lascada, até cerca de 10.000 a.C. Possuíam poucos utensílios devido às mudanças e desenvolveram os primeiros instrumentos de caça feitos em madeira, osso ou pedra lascada. Dominavam o uso do fogo. Ocupavam cavernas, carregando ferramentas e utensílios pessoais, morando sempre perto de fontes de água. Sua arte era conhecida como arte prática, pois visavam representar o inimigo com o intuito de fazê-lo algum mal - pintura rupestre. Essa arte era representada dentro de cavernas, à luz da chama, pigmentada com corantes naturais a base de frutas e fluidos corpóreos. Esse hábito de atacar a imagem com o intuito de prejudicar a caça é mais que compreensível para a mentalidade da época. Esculturas que representavam a figura feminina nua foram encontradas, a exemplo de Vênus de Willendorf, revelando assim fortes relações com o conceito de fertilidade.
     O período Neolítico, por sua vez, ficou conhecido como a Idade da Pedra Polida. Esses povos eram sedentários pois haviam dominado a natureza de forma a desenvolver a agricultura e pecuária. Suas aldeias eram próximas aos rios e sua população aumentou rapidamente. A arquitetura megalítica, como é conhecida devido ao uso de grandes blocos de pedra, tem como principais tipos de monumentos: Menir, Cromeleque e Dólmen, sendo o Menir uma perafita, que é um monumento pré-histórico de pedra, de tamanho elevado, cravado verticalmente no solo. Servia de ponto de referência e marcava o tempo e território; exaltava a fecundidade e os astros. O Cromeleque, por sua vez, era um conjunto de menires dispostos em um ou vários círculos, eclipses, retângulos ou semicírculos. Representava um recinto sagrado ou lugar de culto. Temos como exemplo de cromeleque, Stonehenge, que indicava os dias apropriados no ciclo ritual anual, funcionando como uma rosa dos ventos e observação astronômica e religiosa. Já o Dólmen era um conjunto de pedras posicionadas na vertical, sobre as quais assentava-se uma laje formando uma câmara circular que serviria como local de enterramento ou culto à morte. 
     Os fatores que contribuíram para o desenvolvimento desse tipo de arquitetura foram a necessidade de se estabelecer um calendário (marcação do tempo), demarcar posses de lugares em homenagem aos astros e fenômenos da natureza, preservar a memória de antepassados através de túmulos, novos abrigos e fatores religiosos. A arte neolítica consistia principalmente no artesanato e confecção de potes de cerâmicas utilizados no transporte de água e utensílios pessoais, pintados por questão de identidade. Os aldeamentos eram pequenas habitações circulares ou quadradas. Os homens eram responsável pela caça e pesca e as mulheres pelo plantio e o cuidado dos filhos. 

EM SÍNTESE - ARTE CONTEMPORÂNEA

     A arte contemporânea propõe um pensamento sobre a própria arte enquanto expressão do homem de hoje, partindo de análises críticas de suas práticas. Ou seja, como a imaginação, não existem limites, e é essa a primeira ideia que os artistas tentam transmitir. Alguns deles também se utilizam da arte para transmitir experiências próprias e de terceiros, denunciando a realidade ignorada e esquecida.
     Esse é o caso da artista Doris Salcedo, onde ela entrevista e recolhe objetos pessoais de vítimas da violência, o que serve de base para o seu trabalho. Como em sua obra, Shibboleth, ela retrata e representa fronteiras, a experiência de imigrantes, segregação e ódio racial. Podemos dizer com isso que a palavra-chave que a define como artista é "Denúncia", pois ela busca retratar em suas obras situações que ninguém vê, nem se importa.
     Outro grande artista contemporâneo é Ricardo Basbaum, onde ele convida as pessoas, que antes não tinham essa relação tão íntima com a arte, para fazerem parte da própria arte. Ele quebra paradigmas, desfaz fronteiras e revela como o telespectador, antes tão distante, pode agora participar de uma experiência artística. Basbaum dinamiza suas criações e discute relacionamentos humanos, homem/objetos, palavras-chave que definem sua obra.
     Lygia Clark, por sua vez, foi uma das pioneiras da arte participativa mundial. Grande referenciadora do trabalho de Basbaum, ela ultrapassa os limites da tela e aponta a intenção de deslocar o telespectador como participante da arte. Podemos observar isso em sua obra "Bichos", onde a arte, antes intocada, agora precisa e deve ser manipulada e modificada para acontecer. Sendo assim, podemos dizer que sua obra se resume à palavra-chave "Convite/Recreação".